sábado, 25 de abril de 2009

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Porque ninguém vive sozinho nesse mundo, compartilhar um gosto, fazer uma referência e coisas do gênero são sempre bem-vindos!
Eu adorei essa canção e resolvi dividi-la com todos vocês.
Infelizmente não houve como colocar o vídeo do youtube direto aqui. Mas clicando no nome da canção abre direto nele, ok? ;)
E a letra aí embaixo pra quem não ouve música sem entender bulhufas rsrsrs.
Boa apreciação!

Pétalo de Sal

Furioso pétalo de sal
La misma calle, el mismo bar
Nada te importa en la ciudad si nadie espera
Ella se vuelve carmesí,
No se si es baires o madrid
Nada te importa en la ciudad si nadie espera
Y no es tan trágico mi amor,
Es este sueño, es este sol
Que ayer pareció tan extraño,
O al menos tus labios

Yo te entiendo bien,
Es como habalrle a la pared
Y tú podrías darme fe...

Furioso pétalo de sal
La misma calle, el mismo bar
Nada te importa en la ciudad si nadie espera
Ella se vuelve carmesí,
No se si es baires o madrid
Nada te importa en la ciudad si nadie espera
Y no es tan trágico mi amor,
Es este sueño, es este sol
Que ayer pareció tan extraño,
O al menos tus labios

Yo te entiendo bien,
Es como habalrle a la pared
Y te imagino dando vueltas en el vecindario

Algo tienen estos años, que me hacen poner así
Y decirte que te extraño
Y voy a verte feliz.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Trovoada da minha vida

Tudo bem, à primeira vista só quero tirar o mês de Março do horizonte e mandar o abandonado post às favas. Mas estou mesmo é precisando de um desabafo geral. Não quero e nem vou ficar entrando em detalhes.
Ontem peguei um poema de Alberto Caeiro pra ler. E me perdoem, não estou a fim de reinterpretar nem dissecar pensamentos. Vou simplesmente usar o copy+past aqui e lhes desejar boa leitura. Depois de 4 anos consegui entender melhor o poema. Então, oras, por que você, caro leitor, não conseguiria?

Esta tarde a trovoada caiu
Pelas encostas do céu abaixo
Como um pedregulho enorme...
Como alguém que duma janela alta
Sacode uma toalha de mesa,
E as migalhas, por caírem todas juntas,
Fazem algum barulho ao cair,
A chuva chovia do céu
E enegreceu os caminhos ...
Quando os relâmpagos sacudiam o ar
E abanavam o espaço
Como uma grande cabeça que diz que não,
Não sei porquê — eu não tinha medo —
pus-me a rezar a Santa Bárbara
Como se eu fosse a velha tia de alguém...
Ah! é que rezando a Santa Bárbara
Eu sentia-me ainda mais simples
Do que julgo que sou...
Sentia-me familiar e caseiro
E tendo passado a vida
Tranqüilamente, como o muro do quintal;
Tendo idéias e sentimentos por os ter
Como uma flor tem perfume e cor...
Sentia-me alguém que nossa acreditar em Santa Bárbara...
Ah, poder crer em Santa Bárbara!
(Quem crê que há Santa Bárbara,
Julgará que ela é gente e visível
Ou que julgará dela?)
(Que artifício! Que sabem
As flores, as árvores, os rebanhos,
De Santa Bárbara?... Um ramo de árvore,
Se pensasse, nunca podia
Construir santos nem anjos...
Poderia julgar que o sol
É Deus, e que a trovoada
É uma quantidade de gente
Zangada por cima de nós ...
Ali, como os mais simples dos homens
São doentes e confusos e estúpidos
Ao pé da clara simplicidade
E saúde em existir
Das árvores e das plantas!)
E eu, pensando em tudo isto,
Fiquei outra vez menos feliz...
Fiquei sombrio e adoecido e soturno
Como um dia em que todo o dia a trovoada ameaça
E nem sequer de noite chega.