sábado, 28 de novembro de 2009

"Ainda procuro o girassol fora da época"

Hoje me encontro em alma poética. Um misto de alegria e tristeza, esperança e medo.
O texto deste post é a tradução da Música Only Human, de K.

Apenas Humano


Na margem do outro lado da tristeza
Dizem que se encontra um sorriso

Na margem do outro lado da tristeza
Dizem que se encontra um sorriso
Quando chegarmos lá
O que será que nos espera?

Naquele dia distante, parti para uma viagem
Em busca do sonho, e não para fugir

Se enxergasse amanhã, não estaria suspirando
Como um barco contra a correnteza
Agora siga em frente

No lugar onde termina o sofrimento
Dizem que a felicidade nos espera
Ainda procuro o girassol
Fora da época

Com as mãos fechadas espero o sol nascer
E vejo o brilho das lágrimas caídas
Na marca vermelha das unhas

Quando nos acostumarmos com a solidão
Vamos voar com as asas sem plumas
Vá mais para frente

Quando não houver mais nuvens de chuva
Vai brilhar a rua molhada
Só a escuridão nos ensina
O forte clarão
Com força, siga em frente

domingo, 22 de novembro de 2009

Dicas de livros

Pois é... fim de ano, chegando a hora de fazer as compras de Natal. Particularmente, me encanta presentear as pessoas com livros, por isso fiz uma lista de sugestões de livros!

Para crianças:
a) O pequeno Príncipe;
b) Qualquer livro da coleção "Salve-se quem puder";
c) Alice no país dos espelhos;
d) Onde está Wally? (qualquer um dos volumes)

Para adolescentes:
a) A moreninha;
b) Série Crepúsculo;
c) Volta ao mundo em 80 dias;
d) O mundo de Sofia

Para adultos:
a) Vicent Van Gogh - Paisagem;
b) O Caso da Chácara-chão;
c) Crime e Castigo;
d) Memórias Póstumas de Brás Cubas

Como puderam notar, a listagem é de critério puramente pessoal, e para cada faixa etária (ainda que tenha classificado erroneamente) há diferentes estilos, desde aquele que abarca um quesito mais cultural (leia-se "clássico"), passando pelos gêneros aventura e romance e, quiçá, um que ingresse mais ao lado filosófico.
Boa Leitura!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

"Nós também somos poeira estelar"

Eu sou dessas que sempre achou a existência algo fantástico. Se eu dissesse que nunca tive do que me queixar, ou que nunca me senti totalmente despida de vida, no entanto, eu estaria mentindo descaradamente.
Mas, no que toca ao meu deslumbramento sobre a vida (e a morte), acredito que essa minha forma de pensar deriva de um tanto de livros que vim lendo ao longo da minha vida. Acho incrível, por exemplo, como J. Gaarder nos apresenta, em um de seus livros, a ideia de que somos feito de poeira estelar. O que ele quis dizer com isso? É bem simples (e ainda assim, de uma beleza que me tomba sempre): as estrelas vêm e se vão. E os atómos que as compõem são reaproveitados na origem de uma coisa totalmente nova. E por que não na formação de nós mesmos? Ao menos pra mim, me soa extremamente bela essa ideia.
Em outro livro, Gaarder ainda faz uma metáfora em que as pérolas que compõe um colar, quando morremos, seu fio se rompe, e as pérolas rolam e se perdem. Com isso ele quis dizer que cada pérola, de um canto do mundo, já pendeu sobre o pescoço de uma mulher. E com sua morte, quem saberia dizer que pedaços do mundo inteiro já esteve envolto em sua garganta? As pérolas nada mais são que uma representação para nossos átomos.
Assim, como Walt Whitman já cantava em seus lindos versos,
Eu celebro a mim mesmo
E o que assumo você vai assumir
Pois cada átomo que pertence a mim pertence a você.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O luxo do filtro solar

Eu fico seriamente preocupada com essa questão de proteger-se do sol. O vídeo, que talvez muitos já tenham visto, diz que 61% dos brasileiros não usam protetor solar. Apesar de alta a taxa, é um fato que não chega a assombrar, até porque, ainda que vivamos num país onde o Sol brilha forte o ano todo, o protetor solar ainda é visto como um artigo de luxo para grande parte da população brasileira.
No meu caso, se me perguntassem se uso protetor solar, diria que às vezes. Agora, com o calor que não quer dar trégua, tenho utilizado nos braços e pernas, até porque meu tipo de pele pede uma prevenção maior. Mas o rosto...
Pois é. O rosto deveria também receber um tratamento, e inclusive especial. Mas meu rosto é oleoso e vira e mexe tenho problemas com acnes. Sei que existem protetores solares oil free, mas estes não têm devidamente funcionado sem deixar meu rosto oleoso. No mercado de luxo, (leia-se marcas caras) claro, existem protetores adequados para meu tipo de pele facial, mas os preços... E digo que sei que são eficientes porque já tive a oportunidade de provar amostras grátis, e UAU!... é uma verdadeira beleza como protegem a pele do sol sem deixar vestígio nenhum de gordura no rosto. Teve uma marca que inclusive controlava a oleosidade, e a pele ficava sequinha o dia todo. Mas infelizmente, essas amostras grátis não têm surgido também nos últimos tempos.
Para ilustrar meu descontentamento, segue abaixo um rol de protetores solares oil free e seus preços médios*.

1) Protetor Solar Episol FPS 45 Oil-Free 120ml -- R$ 67,69

2) Avène Solar FPS 40 Oil Free -- R$ 59,99
3) Vichy Capital Soleil 30 -- R$ 75,70
4) Protetor Solar Facial Super City Block Oil-Free Daily Face Protector FPS 40 4oml -- R$ 83,00
5) Sundown Beauty Facial Pele Mista/Oleosa FPS 32 – R$ 24,20


*Fontes: www.jacotei.com.br/ www.shes.com.br / www.pescapreco.com.br / www.bolsademulher.com.br

O mais em conta é o da Sundown, mas não tenho nenhuma referência que diga que não deixe a pele oleosa. Já para o corpo, não tenho preferência alguma.
Talvez o uso do protetor solar realmente devesse ser de uma preocupação maior para nós. Para aqueles que podem pagar por ele, é fundamental que a pessoa seja bem orientada pelos pais desde criança quanto à importância dos filtros solares. Mas, se os preços cooperassem, talvez essa porcentagem diminuiria. E a pele do meu rosto, claro, agradeceria muito!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Neuróbica

O post de hoje é um pequeno incentivo a você, caro leitor, e a mim mesma. Estou iniciando a leitura de um livro, e parece que vai ser bastante agradável colocar em prática as atividades nele propostas. O livro chama-se "Mantenha o seu cérebro vivo". Promissor, não?
Aqui na contra capa pode-se ler "Você tem mais de 30 anos? Anda esquecido? Tem dificuldade para aprender coisas novas?" Bom, acho que nenhuma dessas questões se enquadra ao meu caso. É mais uma questão de curiosidade. Será que posso potencializar a capacidade de memorização e adquirir uma agilidade mental maior? Bom, é isso que pretendo descobrir ao ler este livro.
Dando mais amostras do que esta peça contém, no primeiro capítulo os autores tentam romper com nossas crenças populares: no cérebro humano novas células cerebrais são geradas e, mais impressionante, o declínio mental que a maioria das pessoas experimenta não é decorrente da morte constante de células nervosas, mas uma redução do número e complexidade das dendrites.
Como se sabe, as dendrites são ramificações das células nervosas que recebem informações através das sinapses, que são a grosso modo, conexões. Se essas conexões não estão bem ligadas, as dendrites podem se atrofiar, reduzindo a capacidade cerebral de incluir novas informações na memória e dificultando a recuperação de informações antigas. Assim, num indivíduo com a doença de Alzheimerm, em verdade, há ausência de um processo que seria comum nos demais: o desenvolvimento de dendrites mais longas no hipocampo humano em cujos nerurônios se encontrem envelhecendo¹.
Consegui convencer você a lê-lo? Bom... o meu agora vai comigo pra cima e pra baixo, rs.
__________________
¹ KATZ, Lawrence C. e RUBIN, Manning. Mantenha o seu cérebro vivo, 2000.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Calvin Poem!


I made a big decision a little while ago.

I don´t remember what it was, which prob´bly goes to show

That many times a simple choice can prove to be essential

Even though it often might appear inconsequential.

I must have been distracted when I left my home because

Left or right I´m sure I went. (I wonder which it was!)
Anyway, I never veered: I walked in that direction
Utterly absorbed, it seems, in quiet introspection.

For no reason I can think of, I´ve wandered far astray.

And that is how I got to where I find myself today.


Hope everyone enjoys it! It´s the poem that opens the book "The Indispensable Calvin and Hobbes". Though vaguely, it has some true in it... I still wonder why.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

E de novo os olhos...

Eu nunca o conheci muito bem. Era somente um dos personagens das histórias que vez ou outra caíam sobre a mesa naqueles costumeiros almoços em família.
De tudo que eu ouvia, sempre me pareceu que, embora de bom coração, era uma pessoa que deu muita dor de cabeça. Deixou muita dor, sofrimento e contas!... Vivia num mundo que não lhe poderia jamais pertencer. Mas mesmo assim, foi dessa forma que escolheu viver, às custas dos outros.
Mais uma vez, uma nova historinha sobre ele aparece. Segundo contam, não anda muito bem da vista.
Pode parecer um tanto ridículo, mas eu gosto de acreditar que existe uma pitada de humor do destino em tudo isso.
Conheço, e já escrevi algo sobre isso num post passado, pessoas que andaram vendo o mundo numa perspectiva, eu diria, meio distorcida. E não deu outra... tiveram problemas de vista.
Esse é só um terceiro caso sobre uma terceira pessoa.
Eu só fico pensando... eu sei que tudo isso pode ser só uma bobagem... mas, de repente, por que não atentar para isso? Os olhos são nossas janelas para o mundo. São utilizados em pinturas como verdadeiros símbolos, e às vezes, de uma importância maior na arte. Van Gogh mesmo costumava caprichar nos olhos da pessoa retratada (as vezes, ele mesmo).

























Então, se a vista não está muito bem, desconfie. Tá, eu sei que é bobagem no fundo, mas pode ser... pode ser... que lhe esteja faltando enxergar com mais clareza, com uma percepção e uma sensibilidade maiores. Enxergar usando mais a própria cabeça, e por que não, o coração.
O problema na vista seria só um catalisador para acelerar esse processo que anda se perdendo dentro de você.
Pelo menos é nessa ótica meio metafórica que eu vejo as coisas, rs.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Despedida

Eu vi tudo aquilo ser construído... as mudas sendo plantadas, a casa sendo erguida, as paredes sendo pintadas, a sala ser decorada, o pessoal festando, os pés dando frutos... o imóvel sendo vendido.
Toda a etapa, do começo ao fim, durou cerca de nove anos. Não que eu tenha verdadeiramente me apegado ao lugar como sou apegada a minha casa. Mas eu sei que ainda tinha muito sonho depositado junto àquela construção. Infelizmente, ao longo da vida, é preciso abrir mãos de certas coisas... e espero que os sonhos possam ser transferidos para um outro aconchego.
Por todos bons e felizes momentos que passei sob e também fora daquele teto, uma pequena recordação no blog.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Tanabata

Eu sei... Tanabata já passou, mas o gostinho pelas realizações de nossos mais íntimos e verdadeiros desejos ainda continua forte.
Essas fotos eu tirei no festival que teve em São Paulo na Liberdade, no mês passado.
Não sei quanto a vocês, mas eu ainda sou nova e ando empolgada com os projetos que ando arquitetando pra minha vida. Claro que eu tenho medo que as coisas simplesmente tomem um curso diferente, mas eu sempre fui de seguir em frente naquilo que eu quero.
O post de hoje não tem nada de mais, nenhuma citação de nenhum ilustre pensador, filósofo, escritor. É mais um lembrete a mim mesma, agora que as férias estão se esgotando, que é preciso ter foco. Não basta escrever um desejo num pedaço de papel e pendurá-lo num ramo de bambu e esquecê-lo. Não é assim que alcançamos nossos sonhos. A todos que têm muitos planos ainda a realizar, eu desejo nesse início de bimestre, muita força de vontade e perseverança!

domingo, 19 de julho de 2009

Felicidade

Enquanto a preguiça não me deixa terminar de ler um livro, que ainda estou beeeem no comecinho, cujo aspecto geral resultaria no assunto de um post que quero trazer aqui, vamos falar de outras coisas.
Felicidade. É... é estranho falar disso, não? Dependendo o lugar e de quem for sua companhia, chega até a ser meio cafona. A menos, claro, que na sua roda de amigos exista aquele sujeito mega extrovertido que adora levar a conversa para o lado mais filosófico. Bem. Eu não sou desse tipo de gente. Sou totalmente o inverso. Super tímida. Então a construção desse blog foi uma ótima saída pra deixar meus pensamentos vazarem net à fora.
E escolhi falar de felicidade. Não é um tema fácil de trabalhar.
A ideia mais difundida é aquela de "quem faz a felicidade é você mesmo. Nunca dependa de outros". É, não vou dizer a ninguém que isso seja mentira, ou que você deva ficar esperando alguém que o faça feliz. Mas, perdoem-me. Eu não consigo concordar totalmente com isso. Essa ideia me soa ainda um pouco egoísta. Se eu é quem devo me fazer feliz e não depender de ninguém, por que me preocuparia também em fazer os outros felizes, se cada um faz a sua própria felicidade?
É esse tipo de ponto de vista que está errado.
Vou ilustrar com um exemplo.
Charles L. Dodgson, nosso gênio do nonsense, Lewis Carroll, certa vez escreveu uma carta a Ellen Terry, agradecido por uma gentileza enorme por parte desta, contendo as seguintes palavras:
"Acho que você aprendeu uma filosofia que muitos passam a vida toda sem saber - que, enquanto é irremediavelmente difícil conquistar para si mesmo um pouquinho de felicidade que seja, e quanto maior o nosso esforço nesse sentido, maiores são nossas chances de fracasso, não há nada mais fácil do que conquistá-lo para outra pessoa"¹.
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Ele disse tudo!
Ainda que exista todo esse blablablá de não dependermos de ninguém pra ser feliz, dificilmente a gente pode se dizer sendo feliz. E realmente, quem nunca se perguntou por que é tão difícil conquistar a própria felicidade?
Acontece que somos humanos, vivemos em sociedade, nos relacionamos com as pessoas. As pessoas interferem inegavelmente em nossas vidas. Criamos laços de amizade e afeto com elas. E uma coisa não existe sem a outra: alegria e tristeza. Nós nos machucamos inúmeras vezes quando alguém que gostamos nos trata mal, ainda que seja em casos isolados. Também nos sensibilizamos quando alguém está passando por dificuldades, às vezes tomando suas dores para nós também. Sendo assim, não soa também um pouco infantil dizer que não devemos depender dos outros para sermos felizes? Infantil porque parece uma ideia muito difundida mas pouco refletida pelas pessoas. Eu sei, a conotação dessa frase é mais no sentido de quando a pessoa JÁ se magoou. Mas ela mesma pode magoar muitas pessoas se começar a ter uma filosofia de vida baseada nessa ideia, que, trocando em miúdos, seria: pense só em si mesmo.
E nós muitas vezes nem desconfiamos do poder que temos sobre a felicidade alheia. Mas, como já disse, vivendo numa sociedade como vivemos, estando sempre de alguma forma interligados, o que faz você pensar que não?
Respeito muito L. Carroll, e para mim, o conteúdo daquela carta é mais do que belo. É a exposição de uma forma de ver o mundo bem humanitária. "Conquistar a felicidade para os outros". Será que você tem ao menos se empenhado em fazer uma pessoa ter um dia agradável?
Sim, isso é mais do que suficiente. Divido meu sentimento de felicidade com Fernando Pessoa:
"E eu era feliz? Não sei: Fui-o outrora agora".
Acho que não cabe a ninguém ver se está ou não feliz agora. Mas um dia, pensando em tudo que já aconteceu, numa sequência de dias que fez a sua vida lá no passado, HOJE você pode olhar para trás e dizer com orgulho: sei que naquela época eu o fui. E saber disso, me deixa profundamente feliz.

________________
¹COHEN, Morton N. Lewis Carroll: uma biografia, 1998.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Alice - Filme

Eu sei, a notícia é meio velha e muitos já devem ter visto as fotos de set. Mas como eu achei tudo muito cheio de cores e tudo tão lindo, vou postar mesmo assim, afinal, também quero ver meu blog um pouco mais alegre e artístico. E até porque, nas férias, o comum seria que esse Blog deslanchasse um pouco mais.
Enfim, chega de blablablá. Get astonished!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Sob efeito das Férias II

Sim, novamente de férias, volto a postar assuntos mais lights.
Os Simpsons. Fui introduzida não há muito tempo a esta família tão especial, que faz de nossos dias algo mais bem-humorado. Claro que já sabia da popularidade enorme que eles tinham, mas nunca havia me reservado um tempo para sentar e assistir. Foi então que meu namorado, um quase viciado pela família mais querida da Fox, comprou uns dvds e fomos assistir juntos. Foi delírio à primeira cena! Depois disso, não paramos mais. Já fui presenteada com as 10 primeiras temporadas e mesmo revendo os episódios, a risada é garantida.
O post de hoje fica só por conta do vídeo mesmo. Essa foi a abertura que mais gostei. Na verdade, é bem difícil escolher, rs. Mas depois de muito assistir, fica registrada essa da evolução.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Usando a cuca!

O post de hoje é uma simples dica de game pra semana. A indicação foi do Leo.
Confesso que fiquei empolgada jogando, passando da meia noite... e mesmo assim, já um pouco lesada de tanto passar a tarde fazendo sudoku, o resultado não foi outro: estanquei no nível 11!
Pra você que ficou curioso, dê uma conferida no light-Bot!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Alienação Parental

É triste. É meu modo mais simples de resumir toda a ideia desse post.
Termos chegado ao ponto de propor um projeto de lei criminalizando a alienação parental só realça um problema de falta de bom senso entre pais separados.
Para quem está em contato com a ciência jurídica, sabe que o Direito Penal deve existir como ultima ratio, ou trocando em miúdos, o Direito Penal só deve atuar como último recurso à solução de algum problema. Imaginem se para cada probleminha existente na sociedade, tivéssemos que pedir a condenação de alguém! Viveríamos uma sociedade com regras desproporcionais, onde o bom senso não teria vez.
A criação de uma lei nesse sentido é desnecessária, porque o bom convívio entre pais e filhos já é abarcado pelo art. 227, caput da Constituição Federal. O seu texto é claro:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

O próprio deputado federal Regis de Oliveira, que propôs a criação da lei, é contra a criminalização. A ideia de criminalizar a alienação parental surgiu como uma emenda ao projeto.
De qualquer forma, ainda que a lei se limite ao civil, sua sustentação é que o preceito da Lei Maior não vem sendo observado com uma frequência alarmante. O que, como disse no começo, é triste.
Uma coisa é você extinguir os laços conjugais com outra pessoa. Outra totalmente diversa é você não permitir que seu filho desfrute de uma boa relação com o pai (ou mãe).
Não creio que a ideia de o pai/mãe, responsável pela alienação parental, perder o poder familiar seja desproporcional. O erro reside no fato da sociedade, figurada nas famílias, não estar cumprindo com o bom senso.
Precisa mesmo vir uma lei nova pra ensinar os pais a serem BONS pais?

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Não se engane (como eu)!

Que eu nunca fui vaidosa, meu bolso confirma: nunca gastei horrores em coisas relacionadas à estética. Nem "horrorezinhos". Claro que também não faço campanha pró-BE-UGLY-BETTY (e confesso, falo sem respaldos. Nunca vi o seriado. Quem quiser soltar os cachorros pra cima de mim, à vontade).
A verdade é que gasto muito pouco com cosméticos e produtos de beleza. E descobri recentemente, diga-se na minha última ida ao Paraguai, que realmente não sou NADA vaidosa. Descobri que talvez nem o básico (no critério atual das mulheres vaidosas) eu ando cuidando.
Maquiagem mesmo? Ihhh... só em eventos, festas, finais de semana em shoppings, e mais à noite. Ou então, por que não, pra impressionar o namoradão.
A única coisa que não abro mão é creme hidratante corporal (bem chique falar assim, não?). Mas a marca... pfiiii... whatever comes! Leia-se: a mais barata e não desconhecida da prateleira.
No Paraguai, fiquei impressionada com o número de cremes, xampus, condicionadores, e afins para tratamento estético. Xampus de todos os tipos, tamanhos, odores, cores, embalagens e preços também, claro. Condicionadores, então, nem se diga! Cremes combatentes da celulite, vixi, aos montes!
Numa "olhadela de esguelha", vi na cesta de uma mulher ao meu lado o tanto de produtos que ela estava levando só para o seu querido cabelo: xampu 1, xampu 2, creme 1, creme 2, finalizante, anti-frizz e um spray a base de silicone.
Um verdadeiro "Oh My God!" ecoou na minha cabeça quando vi aquilo. E eu aqui me achando A CAUTELOSA por usar um leave-in pós banho.
Verdade segunda do post seja dita, hoje em dia já existem produtos dos mais diversos pra mulherada (e por que não pra alguns vaidosíssimos homens) se cuidar. Na minha inocência, sempre acreditei que algumas mulheres eram simplesmente lindas. E dizer que são simplesmente lindas, seria pensar que faziam um esforço menor que o meu (que já mínimo) e serem absolutamente lindas. Como eu estava enganada! Hoje esses produtos não são tão caros assim, já que a oferta é muito grande. Claro que ter grana ajuda. Mas basta encontrar uma loja com vários representantes diferentes (marcas e tal) e faça a festa! Não sei da eficiência... mas existem até cremes anti-rugas por R$7,00! A verdade é que o banheiro se lota de embalagens cosméticas e não existe uma parte do nosso corpo que não seja "abençoada" por um produtozinho estético. Propagandas que fazem campanhas pela beleza verdadeira da mulher são contagiantes e convincentes ao máximo. Mas não deixam de ser propagandas e de estimular nosso lado consumista, só é um jeito mais... real de fazer propaganda. Mas o apelo é justamente esse. Nessa era da compulsão pela beleza, fazer o consumidor se achar atraente é o melhor marketing possível: a gente se cuida mais quando a auto estima está elevada! E que venham os produtos!

sábado, 6 de junho de 2009

Descarregando

Vejam só! Agora só me resta porem um crachá dizendo "ridícula" ou então "ignorante".
Que há de tão horrível, surpreendente, inacreditável, no fato de eu não ter lido hoje no jornal online às 14h sobre o achado dos destroços do air france?
"Mas você não viu que acharam os destroços??????????? Como???????????????". E depois ainda tenho de encarar um sermão sem fundamento nenhum: "não lê notícia nenhuma, né? Fica toda desinformada".
Desculpem-me, de verdade.
Não sou nenhuma ridícula ou ignorante porque perdi "um capítulo" dessa novela toda. É, porque não é isso mesmo que fazem os noticiários? Um bando de fanáticos senta em frente à TV, esperando as "cenas do próximo capítulo".
Ok, estou generalizando. Mas que não é mentira nenhuma que quando a notícia é trágica se rende o dia da imprensa, isso não é.
Mas no meio de tantos pontos de interrogações cheios dessa zombaria descabida, estão as minhas perguntas:
1) Não é pelo fato das pessoas poderem trocar informações em conversas civilizadas que as notícias correm o mundo? Então, em vez de me zombar por tão ínfima coisa, porque não se orgulha de outra coisa? Do tipo "passei informação pra frente!" Muito mais bonito, não?
2) Ok, você senta hoje pra acompanhar o noticiário, mas quer só se inteirar do assunto do dia, ou seja, no caso, do voo 447, airfrance. E o resto? Ah, vai pro saco, né? Pode estar rolando um projeto interessante na cidade, mas e aí? Ninguém está comentando sobre isso... não quero saber; eu quero ser social e falar muito somente sobre o voo.
3) Que adianta saber tanto sobre uma coisa só? Se daqui algumas semanas, quando tudo tiver se resolvido, ninguém mais vai tocar no assunto (pro pesar de todos aqueles que estão constantemente sofrendo por aquilo que um dia já foi notícia no mundo inteiro). Logo se arranja um outro assunto para o fanatismo. E por aí vai...
4) Será que preciso dizer mais alguma coisa?

sábado, 30 de maio de 2009

Uma reflexão diferente...

Essa eu achei bem interessante.
Charles L. Dodgson, mais conhecido como Lewis Carroll, certa vez fez a seguinte pergunta:
O que é melhor, um relógio que atrasa 1 minuto por dia, ou um relógio que está parado?
E contesta da seguinte forma: O relógio que atrasa 1 minuto por dia está correto uma vez a cada 2 anos. O relógio parado está correto 2 vezes por dia.
Poxa, eu fiquei num impasse.
Ah, e lembrando que na época que ele fez essa pergunta, estudar sobre fusos horários era um tema extremamente ousado pela complexidade.
Alguém se habilita?

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Retórica - a mim mesma

Já perdi as contas de quantas vezes voltei a ler "O mundo de Sofia".
Desta vez, porém, estou lendo em espanhol.
Acho engraçado essa coisa de língua. Uma mesma frase pode mudar tanto o sentido dependendo da versão.
O mundo de Sofia, como tantos já devem saber, conta a história de Sofia Amundsen, uma menina prestes a completar seus 15 anos de idade. Em meio a tantos acontecimentos estranhos acaba descobrindo uma realidade totalmente nova.
Resumindo uma ideia essencial do livro, Sofia começa a receber cartas anônimas cujo conteúdo são verdadeiras aulas de filosofia. Um filósofo é o remetente delas, e diz que quer resgatar Sofia da habitualidade do mundo. Mundo em que as pessoas já não se impressionam mais, em que as pessoas perdem a capacidade de admiração.
Paro com a história do livro em si.
Em português, a tradução do desejo do filósofo para com Sofia foi a seguinte: Quero que você viva uma vida instigante.
Eu, porém, lendo sua versão em espanhol agora, achei-a muito mais rica: Quiero que vivas una vida despierta. E finalmente, ao ler essa frase, as coisas me fizeram mais sentido.
A dúvida que me veio à tona, portanto, foi inevitável: quantos de nós será que estão vivendo despertos nessa vida?
Às vezes eu penso que vou vivendo um dia após o outro... vivendo apenas. E há muito tempo atrás eu criticava essa vida rotineira. Hoje, às vezes num desabafo descompromissado, reclamo que não acontece nada de diferente na minha vida. Mas afinal, eu abro espaço pra que algo diferente aconteça?


sábado, 25 de abril de 2009

Compartilhe!

Porque ninguém vive sozinho nesse mundo, compartilhar um gosto, fazer uma referência e coisas do gênero são sempre bem-vindos!
Eu adorei essa canção e resolvi dividi-la com todos vocês.
Infelizmente não houve como colocar o vídeo do youtube direto aqui. Mas clicando no nome da canção abre direto nele, ok? ;)
E a letra aí embaixo pra quem não ouve música sem entender bulhufas rsrsrs.
Boa apreciação!

Pétalo de Sal

Furioso pétalo de sal
La misma calle, el mismo bar
Nada te importa en la ciudad si nadie espera
Ella se vuelve carmesí,
No se si es baires o madrid
Nada te importa en la ciudad si nadie espera
Y no es tan trágico mi amor,
Es este sueño, es este sol
Que ayer pareció tan extraño,
O al menos tus labios

Yo te entiendo bien,
Es como habalrle a la pared
Y tú podrías darme fe...

Furioso pétalo de sal
La misma calle, el mismo bar
Nada te importa en la ciudad si nadie espera
Ella se vuelve carmesí,
No se si es baires o madrid
Nada te importa en la ciudad si nadie espera
Y no es tan trágico mi amor,
Es este sueño, es este sol
Que ayer pareció tan extraño,
O al menos tus labios

Yo te entiendo bien,
Es como habalrle a la pared
Y te imagino dando vueltas en el vecindario

Algo tienen estos años, que me hacen poner así
Y decirte que te extraño
Y voy a verte feliz.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Trovoada da minha vida

Tudo bem, à primeira vista só quero tirar o mês de Março do horizonte e mandar o abandonado post às favas. Mas estou mesmo é precisando de um desabafo geral. Não quero e nem vou ficar entrando em detalhes.
Ontem peguei um poema de Alberto Caeiro pra ler. E me perdoem, não estou a fim de reinterpretar nem dissecar pensamentos. Vou simplesmente usar o copy+past aqui e lhes desejar boa leitura. Depois de 4 anos consegui entender melhor o poema. Então, oras, por que você, caro leitor, não conseguiria?

Esta tarde a trovoada caiu
Pelas encostas do céu abaixo
Como um pedregulho enorme...
Como alguém que duma janela alta
Sacode uma toalha de mesa,
E as migalhas, por caírem todas juntas,
Fazem algum barulho ao cair,
A chuva chovia do céu
E enegreceu os caminhos ...
Quando os relâmpagos sacudiam o ar
E abanavam o espaço
Como uma grande cabeça que diz que não,
Não sei porquê — eu não tinha medo —
pus-me a rezar a Santa Bárbara
Como se eu fosse a velha tia de alguém...
Ah! é que rezando a Santa Bárbara
Eu sentia-me ainda mais simples
Do que julgo que sou...
Sentia-me familiar e caseiro
E tendo passado a vida
Tranqüilamente, como o muro do quintal;
Tendo idéias e sentimentos por os ter
Como uma flor tem perfume e cor...
Sentia-me alguém que nossa acreditar em Santa Bárbara...
Ah, poder crer em Santa Bárbara!
(Quem crê que há Santa Bárbara,
Julgará que ela é gente e visível
Ou que julgará dela?)
(Que artifício! Que sabem
As flores, as árvores, os rebanhos,
De Santa Bárbara?... Um ramo de árvore,
Se pensasse, nunca podia
Construir santos nem anjos...
Poderia julgar que o sol
É Deus, e que a trovoada
É uma quantidade de gente
Zangada por cima de nós ...
Ali, como os mais simples dos homens
São doentes e confusos e estúpidos
Ao pé da clara simplicidade
E saúde em existir
Das árvores e das plantas!)
E eu, pensando em tudo isto,
Fiquei outra vez menos feliz...
Fiquei sombrio e adoecido e soturno
Como um dia em que todo o dia a trovoada ameaça
E nem sequer de noite chega.

sexta-feira, 6 de março de 2009

O homem e a morte

Conheço pessoas e pessoas que têm medo da morte. Afinal, a velha e infalível verdade é que morrer é o destino de todos. Agora, dá pra criar humor em cima dessa obsessão toda? E arte?
Pois é, um artista britânico, Damien Hirst, imaginou que sim. Assim, criou um jogo de xadrez cujas peças são nada mais que réplicas de frascos de remédios. Claro, tudo visualmente muito apreciável. É sem dúvida uma obra que diverte nosso mundo hipocondríaco.
Sua obra, ao lado de outras divertidíssimas ideias, estará exposta até Abril no museu de Arte de Reykjavík, na Islândia, como forma de comemoração por uma aquisição pela casa de uma obra de Yoko Ono que exalta o jogo de xadrez.
fonte:BBC Brasil

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ver é humano. Enxergar é supremo!

Perdoem-me o post de hoje. Ele está enigmático às boas doses. Talvez percam a linha do raciocínio, que, diga-se de passagem, é subjetiva ao extremo. Mas se alguma coisa de boa conseguirem apreender, creio que meu trabalho está feito! Mãos à obra:

Todo mundo passa por momentos em que gostaria de poder abrir os olhos de certas pessoas. Mas às vezes, a pessoa precisa abrir por conta própria os olhos para ter uma visão completamente nova. E superior. De outro modo, nunca se sabe a que dimensão de entendimento a pessoa pode chegar. Incompleta? Parcial? Supérflua, ou pior, nenhuma?

Matisse já dizia que a visão humana funciona desta forma: um olho vê e outro registra tudo. E o homem então, enquanto vê tudo perfeitamente, se gaba e diz: "eu vejo a realidade das coisas". Mas, o que acontece quando passamos a não enxergar mais tão bem? Ocorre uma certa tensão entre o primeiro e o segundo olho. Uma luta verdadeiramente pesada. Até que finalmente, o segundo olho ganha, e passa a trabalhar praticamente sozinho. Vendo tudo de uma forma mais especial. Esse olho, caro leitor, encontra-se no cérebro. Quando isso acontece, a pessoa passa a agir de uma forma completamente nova. Eu, particularmente, gosto também de pensar que ele passa a enxergar com os olhos do coração, e torna-se um ser completamente novo, imergindo também num mundo inteiramente desconhecido outrora. Caso essa mudança não ocorra, creio que a pessoa se perde numa miséria que dinheiro nenhum é capaz de resolver seu vazio.

"Dentro de cada um de nós jaz o mundo inteiro, e para aquele que consegue olhar e aprender, a porta está à sua frente e a chave em sua mão. Ninguém sobre a face da Terra é capaz de lhe dar a chave ou a porta, a não ser você mesmo."
J. Krishnamurti,
You Are the World.

sábado, 3 de janeiro de 2009

A espécie em progesso

A grande arte está em admirar nossa espécie, apesar dos pesares... E com mil erros e muitas cabeçadas em sólidas paredes, o homem progride, em sua eterna tendência em mudar, como um coro de aleluias eternamente trocando de solistas ¹.

O POVO CONTINUARÁ

(Carl Sandburg)

O povo continuará.
Aprendendo ou fazendo loucuras o povo continuará.
Será logrado, vendido e revendido
e voltará à mãe-terra para nutrir suas raízes.
O povo é tão bizarro ao progredir e regredir,
que não podemos rir de sua capacidade de topar a parada.
O mamute descansa entre os seus dramas ciclônicos.

O povo tantas vezes indolente, cansado, enigmático,
é um vasto amontoado de indivíduos a falar:
“Vou ganhando a vida.
Faço o que é preciso pra ir levando
e isso me come o tempo todo.
Se eu tivesse mais tempo
podia fazer mais pra mim mesmo
e talvez pros outros.
Podia ler e estudar,
discutir as coisas,
descobrir certas coisas.
Mas isso toma tempo.
Ah, se eu tivesse tempo!”

O povo tem duas caras, uma trágica, a outra cômica:
herói e desordeiro: espectro e gorila,
geme com sua boca torta de gárgula:
“Eles me compram e me vendem... não passo dum jogo...
um dia eu me solto...”

Depois de haver ultrapassado
as margens da necessidade animal,
a linha feroz da mera subsistência,
o homem chegou afinal
aos ritos mais profundos de seus ossos,
às luzes mais leves que os ossos,
chegou ao tempo de repensar as coisas,
à dança, à canção, ao conto,
chegou às horas doadas ao devaneio,
depois de ter ultrapassado a linha.

Entre as numeraveis limitações dos cinco sentidos
e os anseios infindos do homem pelo eterno,
o povo se agarra ao chato imperativo
de trabalhar e comer, enquanto faz um gesto,
quando se apresenta a ocasião
para as luzes além da prisão dos cinco sentidos,
para dádivas mais duradouras que a fome
ou a morte.
Esse gesto mantém-se vivo.
Proxenetas e mentirosos o violaram e enxovalharam.
Mas continua vivo esse gesto
estendido às luzes e às dádivas.

O povo conhece o sol do mar
e a força dos ventos
que chicoteiam as esquinas da terra.
O povo vê a terra
como a cova do descanso e o berço da esperança.
Quem mais fala em nome da Família Humana?
O povo anda afinado
com as costelações da lei universal.
O povo é policromia,
espectro e prisma,
apresado num monolito que se move,
um órgão a soar temas cambiantes,
clavilux de poemas coloridos
nos quais o mar oferece névoa
e a nevoa se dissipa em chuva
e o poente do Labrador se reduz
a um noturno de estrelas limpas,
sereno, acima do jorro em chuveiro
das luzes boreais.

O céu das usinas de aço está vivo.
O fogo irrompe em branco ziguezague
detonado dum crepúsculo metálico.
O homem está vindo atrasado.
O homem contudo vencerá.
Irmão pode ainda marchar ao lado de irmão:
esta velha bigorna se ri de muito martelo partido.
Há homens que não se vendem.
Quem nasce no fogo, vive bem no fogo.
Estrelas não fazem barulho.
Ninguém pode segurar o vento.
O tempo tudo ensina.
Quem vai viver sem esperança?

Na escuridão, com um grande fardo de aflições,
[o povo marcha.]
Na noite, com uma pazada de estrelas no alto,
[para sempre o povo marcha.]
"Pra onde? Mais o quê ainda?"


Obs: Grifo meu
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¹ DONDIS, Donis A. Sintaxe da Linguagem Visual. Martins Fontes, 2003.