quarta-feira, 30 de abril de 2014

150km

E de repente a pessoa fica com vergonha porque estabeleceu a meta de correr 150km ao longo de um ano, e descobre que outros correm isso em 14 dias. - meu pensamento, ao ler Do que eu falo quando eu falo de corrida (Haruki Murakami).
Tudo bem, Murakami, eu não me considero nem escritora e nem corredora. Mas uma grande fã sua, de todo modo. 

terça-feira, 8 de abril de 2014

Pequena Abelha

Era nosso aniversário de dois anos de namoro. Já tínhamos jantado e até recusado a sobremesa porque estávamos satisfeitos e esperávamos a conta. E então eu tive a brilhante ideia de contar sobre o livro "Pequena Abelha", de Chris Cleave, para meu namorado. Contei a história toda. Não toda detalhada, claro. Afinal, ainda que não tenham trazido a conta em questão de segundos, nunca há muito tempo para uma grande narração nesse intervalo. Mas contei sobre o assunto, o clímax e o final (sim, porque eu sei que ele nunca vai ler o livro mesmo). Prometo não contar o final aqui, entretanto. Porque espero, com sinceridade, que você o leia.

A história é sobre refugiados. Pequena Abelha é o nome de nossa protagonista. Não é seu nome verdadeiro, é um nome que criou para se proteger, para viver, não num anonimato, mas em meio à esperança de continuar viva. A trama, é claro, gira em torno especificamente de Pequena Abelha, uma nigeriana que foge de seu país rumo à Inglaterra, mas é detida por 2 anos assim que lá chega. 
Temos outra narradora no livro, Sarah, cuja história se cruza com à de Pequena Abelha num passado nunca por ambas esquecido. Talvez você ache melhor classificá-la como coprotagonista, ao lado de "Abelhinha", como também gostava de ser chamada. Mas, pessoalmente (e sou eu que lhes escrevo, de modo que posso escrever o que bem entender - muaha-ha-ha :P) eu não a consideraria assim, apesar de o livro todo revezar os relatos, ora de Abelhinha, ora de Sarah. É só porque, como disse inicialmente, a história é sobre refugiados (é como eu vi o livro, ao menos). A história de Abelhinha é uma entre outras tantas. É fictícia, mas é a personificação de muitas histórias verdadeiras, não tenho dúvidas. O próprio autor ao fim do livro diz que, embora o centro de detenção onde Pequena Abelha ficou por 2 anos não exista, ele é baseado em relatos de refugiados que realmente estiveram em centros como aquele. 
Eu não quero contar-lhes muito a respeito do livro. Achei ele simplesmente genial. Eu peguei-o para ler, confesso, sem esperar muita coisa dele, ainda mais porque é daqueles livros que enche de declarações de um tanto de críticos na contracapa e ainda não quer revelar nem sobre o que a história trata. E, cá entre nós, perdão pela vulgaridade, mas geralmente quando fazem isso, o produto é uma merda. Mas, se já faço muito em revelar sobre o que o livro irá trazer, não me atrevo a contar nada mais. Se ele quer se anunciar como o faz, cheio de mistérios, só acredite em mim: ele o faz por merecer! Ele pode!
Só tem mais uma coisinha que queria dividir aqui a respeito do livro. Em geral, ele é genial por uma série de motivos, a história é fascinante, os personagens vão criar reações em vocês, mas, tem um QUÊ a mais em tudo isso, que costuma ser MUITO importante para mim: ele é cheio de frases de efeito. Frases de efeito geniais. Quando eu pensava que tinha lido a melhor delas, logo me aparecia outra. Acho que não consegui eleger uma favorita. Mas se vocês conseguirem, por favor, compartilhem ela aqui comigo! 
Boa leitura.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

História de amor

Se o eu de hoje contasse para o eu de outrora que encontrei o amor da minha vida, eu provavelmente ficaria feliz, mas daria apenas um sorriso, como quem quer ser simpática e não ferir os sentimentos de quem nos vem contar uma boa novidade. Pois é, eu não acreditaria. 
Mas faz exatamente dois anos que, não eu, mas ele mesmo, o meu amor, vem tentando me provar que chegou mesmo, e dessa vez para ficar. Eu, que também não sou boba, vou deixando ele me seduzir, me enrolar nessa história, e, secretamente, de vez em muitos quandos, venho à tona e assumo, "sim, ele é o amor da minha vida". 
Hoje é um dia especial para essa afirmação. Algumas coisas passam a ser reais com o tempo, e, se eu mantiver esse ritual, de ano em ano, não há como negar que meu amor se torna um amor para toda vida; o amor para toda minha vida. Por isso eu celebro cada dia, cada mês, cada ano ao lado dele. Não porque  meu amor seja hoje menos real do que amanhã, mas porque haverá mais memórias, e de memórias é que se conta uma história. E a nossa está sendo linda, e vai continuar sendo. É assim que enxergo nós dois. E quanto mais pudermos contar de nós mesmos, mais reais seremos não um para o outro como amor, mas como personagens de um enredo, cuja trama principal nada mais é que a nossa própria vida. 
Obrigada por ser não apenas meu historiador, mas meu coprotagonista dessa história que estamos escrevendo juntos. 
Com todo meu amor,
Sempre sua