quinta-feira, 25 de junho de 2009

Alienação Parental

É triste. É meu modo mais simples de resumir toda a ideia desse post.
Termos chegado ao ponto de propor um projeto de lei criminalizando a alienação parental só realça um problema de falta de bom senso entre pais separados.
Para quem está em contato com a ciência jurídica, sabe que o Direito Penal deve existir como ultima ratio, ou trocando em miúdos, o Direito Penal só deve atuar como último recurso à solução de algum problema. Imaginem se para cada probleminha existente na sociedade, tivéssemos que pedir a condenação de alguém! Viveríamos uma sociedade com regras desproporcionais, onde o bom senso não teria vez.
A criação de uma lei nesse sentido é desnecessária, porque o bom convívio entre pais e filhos já é abarcado pelo art. 227, caput da Constituição Federal. O seu texto é claro:

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

O próprio deputado federal Regis de Oliveira, que propôs a criação da lei, é contra a criminalização. A ideia de criminalizar a alienação parental surgiu como uma emenda ao projeto.
De qualquer forma, ainda que a lei se limite ao civil, sua sustentação é que o preceito da Lei Maior não vem sendo observado com uma frequência alarmante. O que, como disse no começo, é triste.
Uma coisa é você extinguir os laços conjugais com outra pessoa. Outra totalmente diversa é você não permitir que seu filho desfrute de uma boa relação com o pai (ou mãe).
Não creio que a ideia de o pai/mãe, responsável pela alienação parental, perder o poder familiar seja desproporcional. O erro reside no fato da sociedade, figurada nas famílias, não estar cumprindo com o bom senso.
Precisa mesmo vir uma lei nova pra ensinar os pais a serem BONS pais?

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Não se engane (como eu)!

Que eu nunca fui vaidosa, meu bolso confirma: nunca gastei horrores em coisas relacionadas à estética. Nem "horrorezinhos". Claro que também não faço campanha pró-BE-UGLY-BETTY (e confesso, falo sem respaldos. Nunca vi o seriado. Quem quiser soltar os cachorros pra cima de mim, à vontade).
A verdade é que gasto muito pouco com cosméticos e produtos de beleza. E descobri recentemente, diga-se na minha última ida ao Paraguai, que realmente não sou NADA vaidosa. Descobri que talvez nem o básico (no critério atual das mulheres vaidosas) eu ando cuidando.
Maquiagem mesmo? Ihhh... só em eventos, festas, finais de semana em shoppings, e mais à noite. Ou então, por que não, pra impressionar o namoradão.
A única coisa que não abro mão é creme hidratante corporal (bem chique falar assim, não?). Mas a marca... pfiiii... whatever comes! Leia-se: a mais barata e não desconhecida da prateleira.
No Paraguai, fiquei impressionada com o número de cremes, xampus, condicionadores, e afins para tratamento estético. Xampus de todos os tipos, tamanhos, odores, cores, embalagens e preços também, claro. Condicionadores, então, nem se diga! Cremes combatentes da celulite, vixi, aos montes!
Numa "olhadela de esguelha", vi na cesta de uma mulher ao meu lado o tanto de produtos que ela estava levando só para o seu querido cabelo: xampu 1, xampu 2, creme 1, creme 2, finalizante, anti-frizz e um spray a base de silicone.
Um verdadeiro "Oh My God!" ecoou na minha cabeça quando vi aquilo. E eu aqui me achando A CAUTELOSA por usar um leave-in pós banho.
Verdade segunda do post seja dita, hoje em dia já existem produtos dos mais diversos pra mulherada (e por que não pra alguns vaidosíssimos homens) se cuidar. Na minha inocência, sempre acreditei que algumas mulheres eram simplesmente lindas. E dizer que são simplesmente lindas, seria pensar que faziam um esforço menor que o meu (que já mínimo) e serem absolutamente lindas. Como eu estava enganada! Hoje esses produtos não são tão caros assim, já que a oferta é muito grande. Claro que ter grana ajuda. Mas basta encontrar uma loja com vários representantes diferentes (marcas e tal) e faça a festa! Não sei da eficiência... mas existem até cremes anti-rugas por R$7,00! A verdade é que o banheiro se lota de embalagens cosméticas e não existe uma parte do nosso corpo que não seja "abençoada" por um produtozinho estético. Propagandas que fazem campanhas pela beleza verdadeira da mulher são contagiantes e convincentes ao máximo. Mas não deixam de ser propagandas e de estimular nosso lado consumista, só é um jeito mais... real de fazer propaganda. Mas o apelo é justamente esse. Nessa era da compulsão pela beleza, fazer o consumidor se achar atraente é o melhor marketing possível: a gente se cuida mais quando a auto estima está elevada! E que venham os produtos!

sábado, 6 de junho de 2009

Descarregando

Vejam só! Agora só me resta porem um crachá dizendo "ridícula" ou então "ignorante".
Que há de tão horrível, surpreendente, inacreditável, no fato de eu não ter lido hoje no jornal online às 14h sobre o achado dos destroços do air france?
"Mas você não viu que acharam os destroços??????????? Como???????????????". E depois ainda tenho de encarar um sermão sem fundamento nenhum: "não lê notícia nenhuma, né? Fica toda desinformada".
Desculpem-me, de verdade.
Não sou nenhuma ridícula ou ignorante porque perdi "um capítulo" dessa novela toda. É, porque não é isso mesmo que fazem os noticiários? Um bando de fanáticos senta em frente à TV, esperando as "cenas do próximo capítulo".
Ok, estou generalizando. Mas que não é mentira nenhuma que quando a notícia é trágica se rende o dia da imprensa, isso não é.
Mas no meio de tantos pontos de interrogações cheios dessa zombaria descabida, estão as minhas perguntas:
1) Não é pelo fato das pessoas poderem trocar informações em conversas civilizadas que as notícias correm o mundo? Então, em vez de me zombar por tão ínfima coisa, porque não se orgulha de outra coisa? Do tipo "passei informação pra frente!" Muito mais bonito, não?
2) Ok, você senta hoje pra acompanhar o noticiário, mas quer só se inteirar do assunto do dia, ou seja, no caso, do voo 447, airfrance. E o resto? Ah, vai pro saco, né? Pode estar rolando um projeto interessante na cidade, mas e aí? Ninguém está comentando sobre isso... não quero saber; eu quero ser social e falar muito somente sobre o voo.
3) Que adianta saber tanto sobre uma coisa só? Se daqui algumas semanas, quando tudo tiver se resolvido, ninguém mais vai tocar no assunto (pro pesar de todos aqueles que estão constantemente sofrendo por aquilo que um dia já foi notícia no mundo inteiro). Logo se arranja um outro assunto para o fanatismo. E por aí vai...
4) Será que preciso dizer mais alguma coisa?