terça-feira, 30 de setembro de 2014

Tempo

"O melhor ativo que você pode ter é o tempo" - Rafael Seabra
Verdade, verdade...

Fique onde está e então corra

Se eu só pudesse indicar DOIS livros de cada autor que eu amo, do John Boyne eu indicaria "O garoto no convés" e "Fique onde está e então corra". 
Juro que quando começaram a divulgar "Fique onde está...", eu fiquei empolgada, mas nem tanto. Dei um share básico no Face, marcando meu namorado (para ele ter a grande sacada de me comprar um quando desse na telha), e acabei ganhando o livro dele (uma coincidência e tanto, vocês não acham?).
Só uns três dias atrás, no entanto, é que tive a oportunidade de lê-lo. Eu o devorei. Fazia tempo que isso não acontecia, por mais que eu adore ler.

"Fique onde está e então corra" é uma prova de que livro grosso não é sinônimo de livro bom. Não me levem a mal, eu gostei muito do "O ladrão do tempo", por exemplo, mas "Fique onde está e então corra" está, para mim, numa categoria muito acima de "O ladrão do tempo". 

Sobre o que é o livro?
É a história de Alfie Summerfield, um garoto londrino que no início da história está comemorando seu aniversário de 05 anos. Bem no dia em que as batalhas da Primeira Grande Guerra começaram: 28 de julho de 1914. 
Seu pai, Georgie um leiteiro muito corajoso, resolve se alistar voluntariamente, a contragosto de sua esposa, Margie e sua mãe, vovó Summerfield. Depois que a guerra começou, as coisas mudaram bastante na rua Damley, onde Alfie vivia com seus pais. Uma delas é justamente que seu pai está ausente. Georgie sempre mandava cartas no começo, mas com o tempo elas foram se tornando menos frequentes, e quando chegavam, Margie as escondia do filho, que acabava encontrando debaixo do colchão, até que um dia não encontra mais nenhuma, e, como um trem que emite um ruído contínuo e insistente, levando embora entes queridos, ele só conseguia pensar "morreu-meu-pai-morreu-meu-pai-morreu-meu-pai-morreu...". E todos os dias ele abria o jornal na página de óbitos, para conferir se o número que deram ao seu pai, quando se alistou, aparecia.
Esperto, Alfie não se conforma com as respostas vagas da mãe, quando lhe perguntava onde estava seu pai e ouvia as palavras "ele está numa missão secreta para o governo, e por isso não pode escrever" (ou coisa do tipo, estou obviamente parafraseando). Assim, acaba indo atrás de informações, mas nunca as obtém de ninguém. Até que um dia, uma pista de onde seu pai poderia estar cai literalmente do céu. E então, ele vai atrás do seu pai.
Essa não é uma história sobre a Primeira Guerra Mundial. É uma história sobre o amor, acredite. 

Se eu não tinha ficado empolgada com o anúncio, posso dizer que chorei horrores lendo o livro. Alfie cativa o leitor desde o começo, com sua simplicidade e bondade. Há uma passagem no livro que me emocionou em especial, porque ele demonstra que para resgatar alguém é preciso, antes de mais nada resgatar memórias. E é com a simplicidade de Alfie que ele faz isso. Não reavivando uma memória complexa e cheia de detalhes, mas justamente aquela, do dia a dia, que as pessoas às vezes deixam passar despercebidas. Para mim, esse foi o grande trunfo do livro. 

domingo, 28 de setembro de 2014

De Praga para Londres

"Pela melhor razão do mundo. Por amor".
Não poderia concordar mais, Sr, Janáček.

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Verso

Postando porque gostei da quadra. Simples assim.

"O Dedo Movente escreve; e, tendo escrito
Avança: nem todas as tuas Preces ou Sabedoria
Podem fazê-lo cancelar meio Verso
Nem tuas lágrimas apagarão uma só palavra".

Rubaiyat - Omar Khayyam