terça-feira, 8 de abril de 2014

Pequena Abelha

Era nosso aniversário de dois anos de namoro. Já tínhamos jantado e até recusado a sobremesa porque estávamos satisfeitos e esperávamos a conta. E então eu tive a brilhante ideia de contar sobre o livro "Pequena Abelha", de Chris Cleave, para meu namorado. Contei a história toda. Não toda detalhada, claro. Afinal, ainda que não tenham trazido a conta em questão de segundos, nunca há muito tempo para uma grande narração nesse intervalo. Mas contei sobre o assunto, o clímax e o final (sim, porque eu sei que ele nunca vai ler o livro mesmo). Prometo não contar o final aqui, entretanto. Porque espero, com sinceridade, que você o leia.

A história é sobre refugiados. Pequena Abelha é o nome de nossa protagonista. Não é seu nome verdadeiro, é um nome que criou para se proteger, para viver, não num anonimato, mas em meio à esperança de continuar viva. A trama, é claro, gira em torno especificamente de Pequena Abelha, uma nigeriana que foge de seu país rumo à Inglaterra, mas é detida por 2 anos assim que lá chega. 
Temos outra narradora no livro, Sarah, cuja história se cruza com à de Pequena Abelha num passado nunca por ambas esquecido. Talvez você ache melhor classificá-la como coprotagonista, ao lado de "Abelhinha", como também gostava de ser chamada. Mas, pessoalmente (e sou eu que lhes escrevo, de modo que posso escrever o que bem entender - muaha-ha-ha :P) eu não a consideraria assim, apesar de o livro todo revezar os relatos, ora de Abelhinha, ora de Sarah. É só porque, como disse inicialmente, a história é sobre refugiados (é como eu vi o livro, ao menos). A história de Abelhinha é uma entre outras tantas. É fictícia, mas é a personificação de muitas histórias verdadeiras, não tenho dúvidas. O próprio autor ao fim do livro diz que, embora o centro de detenção onde Pequena Abelha ficou por 2 anos não exista, ele é baseado em relatos de refugiados que realmente estiveram em centros como aquele. 
Eu não quero contar-lhes muito a respeito do livro. Achei ele simplesmente genial. Eu peguei-o para ler, confesso, sem esperar muita coisa dele, ainda mais porque é daqueles livros que enche de declarações de um tanto de críticos na contracapa e ainda não quer revelar nem sobre o que a história trata. E, cá entre nós, perdão pela vulgaridade, mas geralmente quando fazem isso, o produto é uma merda. Mas, se já faço muito em revelar sobre o que o livro irá trazer, não me atrevo a contar nada mais. Se ele quer se anunciar como o faz, cheio de mistérios, só acredite em mim: ele o faz por merecer! Ele pode!
Só tem mais uma coisinha que queria dividir aqui a respeito do livro. Em geral, ele é genial por uma série de motivos, a história é fascinante, os personagens vão criar reações em vocês, mas, tem um QUÊ a mais em tudo isso, que costuma ser MUITO importante para mim: ele é cheio de frases de efeito. Frases de efeito geniais. Quando eu pensava que tinha lido a melhor delas, logo me aparecia outra. Acho que não consegui eleger uma favorita. Mas se vocês conseguirem, por favor, compartilhem ela aqui comigo! 
Boa leitura.

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