sábado, 14 de setembro de 2013

Traços

Com licença, que 'inda crio meu universo
dia a dia em prosa, verso ou rima pobre,
com deus, em monólogo, fantasia, via blog,
papo sério, feito verbo submerso nesse 
oceano de um lugar quiçá desconhecido.

Quero longe os símbolos desse pop,
sujo produto esnobe, antes vendido
em feira livre circulante, mundo reduzido
aos limites desses olhos - traços retos -
que tudo viam simples como sua forma.

Há espaço pra crescer. Verdadeiro desafio,
eu sei, se não um delírio, fruto imaginário
de tantas noites em vigília: atual relicário
daqueles sonhos desvairados que logram
perturbar as ideias minhas por ora sanas.

Vou preencher as lacunas com risos
e gracejos de um guizo camuflado,
recobrir esse espírito que vive amuado 
com doces paladares e sons adventícios
que não aqueles que desejo esquecer.

E quando a alma estiver grande e renovada,
de uma leveza desapressada, de sentimento
que ali me pertenço, não que mais ao vento
se negarão os caminhos de meus domínios.
Mas cerrarei os traços e me porei a dormir.





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