segunda-feira, 14 de abril de 2008

Invisível

Um pequeno trecho que tirou lágrimas de mim:

Para a maioria das pessoas, Hans Humermann mal chegava a ser visível. Uma pessoa não especial. Com certeza, tinha excelentes habilidades como pintor. Sua habilidade musical era superior à média. Mas, de algum modo, e tenho certeza que você já deve ter conhecido gente assim, ele conseguia parecer simples parte do cenário, mesmo quando estava na frente de uma fila. Vivia apenas por ali, sempre. Indigno de nota. Não importante nem particularmente valioso.
O frustante nessa aparência, como você pode imaginar, era ela ser completamente enganosa, digamos...

- e EU sou uma delas.

Extraído de A menina que roubava livros - Markus Zusak

3 comentários:

Leonardo Ueda disse...

Sou uma destas pessoas. Quero ter o reconhecimento certo sem precisar receber falsos elogios, por exemplo.

Depende o meio em que a pessoa atua, sem querer ela se torna conhecida. E se ela não gosta de se sentir assim, ela passa a mudar seu comportamento.

Ser discreto, com elegância e personalidade... acho que é por aí que eu penso.

Unknown disse...

Hum... foi um bom ponto de vista. Afinal, você mostrou que a discrição não contraria o reconhecimento. Não que eu nunca tenha pensado assim. É só que, às vezes é bom lembrar que tudo bem ser um pouco invisível.

Carla Menezes disse...

EU TAMBÉM sou uma delas... Engraçado que às vezes isso soa às pessoas como baixa auto-estima, mas eu prefiro chamar de escolha pelo anonimato.
Hans, na minha opinião, foi o personagem mais brilhante desse livro.